sábado, 22 de março de 2008

Uma pessoa abençoada


A identidade e a linhagem do Messias não foram deixadas ao acaso,
pois Deus não queria nenhuma confusão sobre o assunto.
Desde o começo,
Ele foi revelando progressivamente quem viria a ser o Seu Ungido.
Depois que Adão e Eva pecaram, Deus amaldiçoou a serpente.
Dentro dessa maldição estava a promessa de Alguém que viria e esmagaria a cabeça da serpente.
Esse Prometido viria da descendência da mulher e seria um homem (Gn 3.15).
Isso foi reiterado mais tarde,
na promessa dada por intermédio do profeta Isaías:
“Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu” (Is 9.6).
Em outras palavras, o Messias não seria um anjo,
um animal, ou alguma criatura incomum.
Tampouco o Messias seria uma mulher.
Deus prometeu levantar um ser humano, um homem,
que um dia feriria mortalmente “a antiga serpente,
que se chama Diabo e Satanás” (Ap 12.9).
As circunstâncias miraculosas cercando Seu nascimento dariam indicações de Sua natureza divina.
Mais uma vez, por meio de Isaías,
Deus fez uma promessa.
À casa de Davi não seria dado um sinal de sua própria escolha,
mas um sinal determinado por Deus:
“eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho e lhe chamará Emanuel
[literalmente: Deus conosco]” (Is 7.14).
Embora muitos debates tenham focalizado a questão se o termo hebraico “almah” deveria ser traduzido como “virgem” ou “mulher jovem”,
os tradutores judaicos da Septuaginta (a tradução grega do Antigo Testamento) escolheram o termo grego “parthenos”,
para indicar claramente o que entendiam que a palavra hebraica deveria significar,
ou seja, “virgem”.
Além disso, “parthenos” foi a palavra empregada por Mateus em seu evangelho,
quando citou essa passagem de Isaías (Mt 1.23).
Conseqüentemente,
o sinal miraculoso que Deus iria conceder seria o fato de uma virgem conceber e dar à luz um filho.
Além disso, conforme indicado por Seu nome,
esse Filho seria de natureza divina.
Na tradição judaica, ensinava-se que nos tempos primitivos da história humana,
pela ministração do Espírito Santo,
as pessoas poderiam dirigir o futuro de seus filhos por intermédio dos nomes que lhes dessem (Gênesis Rabbah 37.7).
Também era prática comum dar um nome à criança de acordo com um pensamento ou conceito indicativo da sua natureza.
Por isso, quão significativo é que Deus,
quando concedeu o sinal especial do Filho nascendo de uma virgem,
deu-Lhe, Ele mesmo, um nome que revelava não apenas o que esse Filho faria,
mas também o que Ele seria (“Emanuel”).
Este menino especial seria Deus e Ele estaria conosco.
Estreitando ainda mais a árvore genealógica do Messias,
Deus planejou que Ele viesse de uma nação específica
– Israel (Gn 22.18; compare Gl 3.16);
de uma tribo específica de Israel – Judá (Gn 49.10);
e de uma família específica de Judá
– a família do rei Davi (Jr 23.5).
Portanto, esses eram os requisitos genealógicos e de nascimento para qualquer um que pretendesse reivindicar ser o Messias.

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