quarta-feira, 2 de abril de 2008

Despojando-se Dos Fardos

"mas agora despojai-vos também de tudo isto: da ira, da
cólera, da malícia, da maledicência, das palavras torpes da vossa boca;
não mintais uns aos outros,
pois que já vos despistes do homem velho com os seus feitos" (Colossenses3:8, 9)
O exército de Alexandre, o Grande, estava avançando naPérsia.
Em um determinado ponto a situação tornou-se mais crítica
e parecia que seria derrotado.
Os soldados haviam tomado tanto despojo das vitórias
anteriores que o peso que carregavam os tornava mais débeis nos combates.
Alexandre mandou, então, que toda a pilhagem fosse reunida em um montão
e queimada. Os homens reclamaram muito,
mas logo comprovaram a sabedoria da ordem dada.
Alguém escreveu: "Era como se os soldados tivessem recebido asas --
voltaram a caminhar com velocidade". A vitória foi completa.
O que temos levado durante nossa caminhada espiritual?
Despojamo-nos da velha natureza pecaminosa
que servia apenas para impedir a nossa comunhão
com o Senhor ou insistimos em manter os velhos costumes
que não nos permitem chegar ao lugar
determinado por Deus para nosso regozijo?
Muitas vezes nos sentimos cansados e sem perspectivas de conquistar nossos sonhos.
Achamos que tudo é muito demorado e que Deus não está ajudando.
O que não conseguimos ver é que há um grande fardo às nossas costas que
torna o nosso avanço lento e sem motivação.
Quando nos livrarmos da preguiça, do egoísmo, da inveja,
da insensibilidade e falta de amor em relação ao nosso próximo,
que trazemos como pilhagem de tempos obscuros,
sentiremos nosso corpo leve, nossos pés ágeis e as nossas bênçãos
próximas e mais fáceis de serem alcançadas.
Como soldados de Cristo, devemos nos libertar de todas as coisas que
venham dificultar nossa luta contra o inimigo espiritual.
Para que nossa luta seja eficaz e alcancemos a vitória almejada,
precisamos ser revestidos apenas da armadura de Deus.

Somos espelhos


Nascemos todos, certo, com uma enorme bagagem genética.
Carregamos em nós traços, expressões, modos de ser daqueles
que nos antecederam. Mas à partir daí, saímos em busca de identidade.
Nossos primeiros espelhos são nossos pais, a família, aos quais
nos jogamos de braços abertos, sem questões.
É a confiança que se instala desde a mais pequena idade.
Julgamos que se nossos pais fazem, podemos fazer,
pois eles devem saber o que é bom ou não.
Crianças imitam, quando ainda não sabem construir sozinhas.
A linguagem é a maior prova disso.
Nem todo mundo tem essa consciência e nem
se dá conta do peso da responsabilidade que ela acarreta.
Achamos que a vida forma as pessoas,
mas nos esquecemos que somos os primeiros
espelhos nos quais elas se refletem.
E nós que queremos o melhor para os nossos filhos,
que sejam bons, grandes e bem sucedidos na vida,
somos a pedra fundamental do que eles serão mais tarde.
Nossas atitudes em relação à família, nossos valores,
nossa maneira de gerir os problemas e aprender
a lidar com eles, tudo isso vai ficando naqueles pelos
quais somos responsáveis. É como se fôssemos adiante,
com uma lanterninha, mostrando o caminho, que eles
seguem, misturando assim o que vêem a essa bagagem
que já vêm carregando e formam assim a própria personalidade.
Depois, vêm os amigos, a escola, o meio em que se freqüenta.
Tudo isso vai espelhando e formando o eu de cada um
e isso continua vida à fora, mesmo na idade adulta.
Somos todos pessoas importantes para outras pessoas
e podemos influenciá-las positiva ou negativamente.
Amigos são grandes espelhos.
Daí a importância de sermos pessoas boas, honestas,
pacientes, corajosas, espelhos nos quais outros
poderão se olhar e se encontrar.
É preciso refletir sobre isso: que tipo de espelho
estamos sendo para nossos filhos, nossos grupos de amigos,
trabalho e sociedade em que freqüentamos?
Somos do tipo "faça o que eu digo,
mas não faça o que eu faço?"
Bom é lembrar que muito mais que de palavras
e conselhos, as pessoas ouvem e vêm exemplos.
Cristo deveria ser o maior espelho de toda a humanidade.
Ele falou sim, mas muito mais que isso, viveu, calou, mostrou, fez.
Nos refletindo nEle, evitaríamos muitos dos desastres
pelos quais atravessamos. Seríamos, assim, espelhos
refletindo o bem, para o bem daqueles que amamos.

Pequenos gestos

É curioso observar como a vida nos oferece resposta
aos mais variados questionamentos do cotidiano...
Vejamos:
A mais longa caminhada só é possível passo a passo...
O mais belo livro do mundo foi escrito letra por letra...
Os milênios se sucedem, segundo a segundo...
As mais violentas cachoeiras se formam de pequenas fontes...
A imponência do pinheiro e a beleza do ipê começaram
ambas na simplicidade das sementes...
Não fosse a gota e não haveria chuvas...
O mais singelo ninho se fez de pequenos gravetos
e a mais bela construção não se teria efetuado
senão a partir do primeiro tijolo...
As imensas dunas se compõem de minúsculos grãos de areia...
Como já refere o adágio popular, nos menores frascos
se guardam as melhores fragrâncias...
É quase incrível imaginar que apenas sete
notas musicais tenham dado vida à "Ave Maria",
de Bach, e à "Aleluia", de Hendel...
O brilhantismo de Einstein e a ternura de
Tereza de Calcutá tiveram que estagiar no
período fetal e nem mesmo Jesus, expressão
maior de Amor, dispensou a fragilidade do berço...
... Assim também o mundo de paz, de harmonia
e de amor com que tanto sonhamos só será
construído a partir de pequenos gestos de
compreensão, solidariedade, respeito, ternura,
fraternidade, benevolência, indulgência e perdão, dia a dia...
Ninguém pode mudar o mundo, mas podemos
mudar uma pequena parcela dele:
esta parcela que chamamos de "Eu".
Não é fácil nem rápido...
Mas vale a pena tentar!
Sorria!!!

O cérebro

O cérebro humano mede o tempo por meio da observação dos movimentos.
Se alguém colocar você dentro de uma sala branca vazia,
sem nenhuma mobília, sem portas ou janelas, sem relógio...
você começará a perder a noção do tempo.
Por alguns dias, sua mente detectará a passagem do tempo
sentindo as reações internas do seu corpo,
incluindo os batimentos cardíacos, ciclos de sono, fome,
sede e pressão sanguínea.
Isso acontece porque nossa noção de passagem
do tempo deriva do movimento dos objetos,
pessoas,sinais naturais e da repetição de eventos cíclicos,
como o nascer e o pôr do sol. Compreendido este ponto,
há outra coisa que você tem que considerar:
Nosso cérebro é extremamente otimizado.
Ele evita fazer duas vezes o mesmo trabalho.
Um adulto médio tem entre 40 e 60mil pensamentos por dia.
Qualquer um de nós ficaria louco se o cérebro tivesse
que processar conscientemente tal quantidade.
Por isso, a maior parte destes pensamentos é automatizada
e não aparece no índice de eventos do dia e portanto,
quando você vive uma experiência pela primeira vez,
ele dedica muitos recursos para compreender o que está acontecendo.
É quando você se sente mais vivo.
Conforme a mesma experiência vai se repetindo,
ele vai simplesmente colocando suas reações
no modo automático e 'apagando' as experiências duplicadas.
Se você entendeu estes dois pontos,
já vai compreender porque parece que o tempo acelera,
quando ficamos mais velhos e porque
os Natais chegam cada vez mais rapidamente.
Quando começamos a dirigir automóveis,
tudo parece muito complicado,
nossa atenção parece ser requisitada ao máximo.
Então, um dia dirigimos trocando de marcha,
olhando os semáforos,
lendo os sinais ou até falando ao celular ao mesmo tempo.
Como acontece? Simples:
o cérebro já sabe o que está escrito nas placas
(você não lê com os olhos, mas com a imagem anterior, na mente);
O cérebro já sabe qual marcha trocar
(ele simplesmente pega suas experiências passadas e usa ,
no lugar de repetir realmente a experiência).
Em outras palavras,
você não vivenciou aquela experiência,
pelo menos para a mente.
Aqueles críticos segundos de troca de marcha,
leitura de placa...São apagados de sua noção de passagem do tempo...
Quando você começa a repetir algo exatamente igual,
a mente apaga a experiência repetida.
Conforme envelhecemos, as coisas começam a se repetir -as mesmas ruas,
pessoas, problemas,desafios, programas de televisão,
reclamações... enfim... as experiências novas
(aquelas que fazem a mente parar e pensar de verdade,
fazendo com que seu dia pareça ter sido longo e cheio de novidades), vão diminuindo.
Até que tanta coisa se repete que fica difícil dizer o que tivemos
de novidade na semana, no ano ou,para algumas pessoas, na década.
Em outras palavras, o que faz o tempo parecer que acelera
é a...ROTINA Não me entenda mal.
A rotina é essencial para a vida e otimiza muita coisa,
mas a maioria das pessoas ama tanto a rotina que,
ao longo da vida, seu diário acaba sendo um livro de um só capítulo,
repetido todos os anos.
Felizmente há um antídoto para a aceleração do tempo:
M & M (Mude e Marque).Mude, fazendo algo diferente e marque,
fazendo um ritual, uma festa ou registros com fotos.
Mude de paisagem, tire férias com a família
(sugiro que você tire férias sempre e,preferencialmente,
para um lugar quente, um ano,
e frio no seguinte) e marque com fotos,cartões postais e cartas.
Tenha filhos (eles destroem a rotina) e sempre faça festas de
aniversário para eles, e para você (marcando o evento e diferenciando o dia).
Use e abuse dos rituais para tornar momentos especiais
diferentes de momentos usuais.
Faça festas de noivado,casamento, 15 anos, bodas disso
ou daquilo, bota-foras, participe do
aniversário de formatura de sua turma,
visite parentes distantes, entre na universidade
com 60 anos, troque a cor do cabelo, deixe a barba, tire a barba,
compre enfeites diferentes no Natal, vá a shows,
cozinhe uma receita nova, tirada de um livro novo.
Escolha roupas diferentes, não pinte a casa da mesma cor, faça diferente.
Beije diferente sua paixão e viva com ela momentos diferentes.
Vá a mercados diferentes, leia livros diferentes, busque
experiências diferentes.Seja diferente.
Se você tiver dinheiro,especialmente se já estiver aposentado,
vá com seu marido,esposa ou amigos para outras cidades ou países,
veja outras culturas, visite museus estranhos,
deguste pratos esquisitos..
... em outras palavras.... ..V-I-V-A!!!
Porque se você viver intensamente as diferenças,
o tempo vai parecer mais longo.
E se tiver a sorte de estar
casado(a) com alguém disposto(a)a viver e buscar coisas
diferentes, seu livro será muito mais longo, muito mais
interessante e muito mais v-i-v-o... do que a maioria dos
livros da vida que existem por aí.
cerque-se de amigos.
Amigos com gostos diferentes,vindos de lugares diferentes,
com religiões diferentes e que gostam de comidas diferentes.
Enfim, acho que você já entendeu o recado, não é?
Boa sorte em suas experiências para expandir seu tempo,
com qualidade, emoção, rituais e vida.

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