domingo, 10 de maio de 2009

A FÉ QUE FAZ DIFERENÇA

Do ponto de vista tecnológico, especialmente nas áreas da comunicação, do transporte e da saúde, vivemos numa época maravilhosa. Podemos acompanhar os fatos, não importa onde estejam acontecendo, quase que em tempo real. Podemos viajar a velocidades bastante confortáveis, pagando preços convidativos. Podemos fazer transações financeiras sem sair de casa. Somos beneficiados com exames radiológicos capazes de diagnosticar com precisão as nossas enfermidades. Boa parte das pessoas, ao redor do mundo, também goza de liberdade individual, para ir e vir, pensar e falar.
Se descermos às trajetórias pessoais, veremos que a escassez de dinheiro e de saúde é a mesma. A maioria dos adultos de hoje talvez viva com mais saúde econômica e biológica do que em seu tempo de infância. Estamos sendo por isto mais felizes?
Na verdade, é raro encontrarmos alguém que diga que vive num tempo espetacular. Nossa visão de mundo e de vida tem sido dominada pelo medo, provocada pela insegurança no trabalho e na rua, num estado de crônica infelicidade, e pela percepção da desigualdade, evidenciada pela inexistência de oportunidades para expressivos segmentos de pessoas.
Não há nada de novo no território das frustrações. Nenhuma delas é nova. Os benefícios, estes, sim, são novos. Não devíamos estar entusiasmados? O crescente consumo de drogas, produtos que trazem algum grão de satisfação enquanto perduram os seus efeitos, mostra que o vazio predomina em muitas mentes e corações.
Falta a muita gente o prazer de viver. A muita gente falta felicidade, que pode ser definida simplesmente como gosto pela vida. Eis aí um gosto gasto, que muitos precisam resgatar. Não se trata de uma recuperação apenas da tranqüilidade, porque ser feliz (como escreveu o poeta T.S. Elliot) é estar tranqüilo, em direção ao que não é efêmero, ao que não é passageiro. Em outras palavras, somos felizes quando estamos quietos, mas caminhando em direção ao novo.

Precisamos recordar a sabedoria bíblica para o viver bem. Contra o dilúvio da secularidade, eu lhe quero lembrar o caminho divino para a felicidade, caminho que inclui recursos internos e externos de Deus. Os recursos internos são tipificados por Sua disposição em dar Sua própria vida para que tivéssemos vida transbordante. Neste sentido, felicidade é um estado de espírito que recebemos do Senhor de nossas histórias como um presente. Os recursos externos podem ser comparados a uma enciclopédia de sabedoria, disponível a todo tempo e com orientações precisas para todas as áreas e momentos de nossa peregrinação. Neste sentido, felicidade é um estado de espírito que se aprende a ter e a desenvolver.
Para se obter (diretamente do próprio ser de Deus, a partir de um relacionamento com Ele) e para se desenvolver (provinda das fontes de sabedoria divina) a felicidade, há alguns passos a serem dados.

EM BUSCA DO SENTIDO
Este é um passo primordial. Sem ele, os outros não poderão ser dados. Ou melhor: quando ele não é dado, os outros são esforços inúteis. Dá-lo implica uma escolha, escolha que tem a ver com o seu lugar no mundo e na história. Você pode ficar com a palavra de um grande filósofo, mas pode ficar também com a Palavra do próprio Deus.
O admirável filósofo (e eu me refiro a Jean-Paul Sartre, o homem que mais entendeu o ser humano em meados do século 20) escreveu, desesperado:

"O que é o homem, para que o elétron se preocupe com ele?
O homem é apenas um grão no cosmos, abandonado pelas forças que o criaram.
Desasistido, desgovernado pela autoridade onisciente ou benevolente,
precisa defender-se sozinho,
e com ajuda de sua inteligência limitada encontrar seu caminho num universo indiferente".


Confiança


"Entregue o seu caminho ao Senhor; confie nele, e ele agirá:" (Salmo 37.5)

"A minha salvação e a minha honra de Deus dependem; ele é a minha rocha firme, o meu refúgio. Confie nele em todos os momentos, ó povo; derrame diante dele o coração, pois ele é o nosso refúgio". (Salmo 62.7-8)

"Confie no Senhor de todo o seu coração e não se apóie em seu próprio entendimento; reconheça o Senhor em todos os seus caminhos, e ele endireitará as suas veredas. (Provérbios 3.5-6)

"Confiem para sempre no Senhor, pois o Senhor, somente o Senhor, é a Rocha eterna". (Isaías 26.4)

"Quem entre vocês teme o Senhor e obedece à palavra de seu servo? Que aquele que anda no escuro, que não tem luz alguma, confie no nome do Senhor e se apóie em seu Deus". Isaías 50.10)

"Portanto, volte para o seu Deus, e pratique a lealdade e a justiça; confie sempre no seu Deus". (Oséias 12.6)

"Em ti os nossos antepassados puseram a sua confiança; confiaram, e os livraste." (Salmo 22.4)

"Pois tu és a minha esperança, ó Soberano Senhor, em ti está a minha confiança desde a juventude. Salmo 71.5

"Mas bendito é o homem cuja confiança está no Senhor, cuja confiança nele está. Ele será como uma árvore plantada junto às águas e que estende as suas raízes para o ribeiro. Ela não temerá quando chegar o calor, porque as suas folhas estão sempre verdes; não ficará ansiosa no ano da seca nem deixará de dar fruto". (Jeremias 17.7-8)

"Que o Deus da esperança os encha de toda alegria e paz, por sua confiança nele, para que vocês transbordem de esperança, pelo poder do Espírito Santo" (Romanos 15.13)

"Não que possamos reivindicar qualquer coisa com base em nossos próprios méritos, mas a nossa capacidade vem de Deus" (2Coríntios 3.5)

"Assim, aproximemo-nos do trono da graça com toda a confiança, a fim de recebermos misericórdia e encontrarmos graça que nos ajude no momento da necessidade". (Hebreus 4.16)

"Por isso, não abram mão da confiança que vocês têm; ela será ricamente recompensada". (Hebreus 10.35)

"Esta é a confiança que temos ao nos aproximarmos de Deus: se pedirmos alguma coisa de acordo com a vontade de Deus, ele nos ouvirá. E se sabemos que ele nos ouve em tudo o que pedimos, sabemos que temos o que dele pedimos". (1João 5.14-15)


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