sábado, 26 de abril de 2008

JOSÉ

É. José tem sido esquecido.
Uns dizem que é pelo fato de ter sido apenas um pai adotivo.
Outros, porque muito pouco há escrito sobre ele.
Outros, que morreu muito cedo.
Não importa.
José, o pai adotivo de Jesus, precisa ser rememorado.
Há coisas que nos inspiram, nesse homem de Deus.
José era homem de família.
Ele era da linhagem de Davi, e recebera grande herança de seus pais.
Para José, ter família e ser família era muito importante.
Para unir-se a Maria, José casou-se.
Sim, foi socialmente aceito como um pai de família,
bem como fez questão da bênção divina sobre a sua união.
José nos inspira a valorizarmos as nossas famílias,
ou a constitui-las com responsabilidade.
José era um homem benigno.
Ser benigno é mais que ser bom.
É desejar o bem do outro, acima de tudo.
E foi isso que aconteceu,
quando tomou conhecimento da gravidez de Maria, sua esposa.
Apesar de casados,
eles ainda não haviam se relacionado como marido e mulher.
Assim, por imaginar que Maria tivesse adulterado, José tomou uma decisão.
Ele poderia "colocar a boca no trombone" e difamá-la,
divorciando-se e saindo como vítima e injustiçado.
Mas José não fez isso.
Antes, decidiu consigo próprio que iria deixá-la secretamente.
O povo iria dizer que José era um irresponsável,
que havia abandonado a esposa na hora mais necessária,
e seria duramente criticado.
Mas José não se importava com isso,
desde que Maria fosse preservada,
mesmo que ela tivesse destruído o seu coração e magoado a sua alma.
Que homem! Esse José era de fato um exemplo.
Quantos de nós fariam o que José fez?
Quantos estão mais preocupados em preservar aqueles que os magoam?
Quantos não querem vingança?
José mostrou-se muito superior a tudo isso.
José queria o bem de Maria.
Graças a Deus que o Anjo do Senhor revelou a José, posteriormente,
que não havia sido traído, mas que um milagre ocorrera no ventre de sua esposa,;
porisso ela estava grávida.
José era um homem de grande relacionamento com Deus.
Quando vira Maria grávida, não sendo ele o pai,
recebeu uma intervenção divina em seu sonho.
O Anjo de Deus disse que ele não temesse,
porque Maria era moça pura.
José, ao acordar, obedeceu.
Depois, quando o menino nascera,
o Senhor interviu de novo em seu sonho,
dizendo-lhe para ir embora dalí, e José foi.
Lá no Egito, depois de um tempo, em outro sonho,
o Anjo de Deus lhe instruiu a voltar.
E ele voltou.
José não questionava às ordens de Deus.
Ele as cumpria.
E nós? Será que seguimos as orientações do Senhor,
contidas em Sua Palavra, a Bíblia Sagrada?
Será que valorizamos a vontade de Deus acima da nossa?
Precisamos atentar no modelo de José!
Quando Jesus cresceu, e iniciou o seu ministério,
alguém o identificou como "o filho do carpinteiro".
Que honra ser identificado com o pai,
e ter reconhecida a profissão e a operosidade paterna!
José era um trabalhador.
José era um profissional.
José não era um preguiçoso, um boa-vida.
José certamente seguiu as orientações dos rabinos,
que diziam: "quem não ensina o seu filho a trabalhar, ensina-o a roubar".
E Jesus também aprendeu o ofício.
Também, com um pai desses,
qual o filho que não gostaria de seguir os seus passos e o seu modelo?
Quisera Deus que os pais fossem, em seus lares, modelares,
trabalhadores, responsáveis, dignos, supridores,
e que primassem em ensinar os seus filhos a serem honestos,
a estudarem, a trabalharem!
Por fim, podemos dizer que José foi pai, marido e servo de Deus.
Como pai, levou Jesus à maturidade física, moral e espiritual,
pois o Salvador crescia em espírito, em graça e em estatura.
Isso mostra a paternidade responsável e completa, fornecida por José.
Como marido, José soube cuidar de sua esposa, e amá-la.
Teve outros quatro filhos, além de, pelo menos, duas filhas.
Certamente que todos eram honrados,
apesar de não aceitarem a Jesus quando jovens adultos.
Mas que profeta há com honras em sua própria casa?
José amava a sua esposa,
e o fruto desse amor foram os filhos e a continuidade da linhagem.
José era um servo de Deus.
De tão fiel, era sensível o suficiente para ouvir Deus em sonhos, e obedecê-lo!
Deus escolheu maravilhosamente um pai humano para o Seu Filho bendito.
Que José inspire a cada homem, jovem ou velho, criança ou adolescente,
bonito ou feio, gordo ou magro, preto, branco, amarelo ou vermelho,
e que todos busquem, em sua vida,
obter em Cristo, as virtudes de José em sua existência.

Pastor Wagner Antonio de Araújo

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