quinta-feira, 13 de março de 2008

O Poder do Evangelho

"Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura"(Mc 16.15).
O evangelho... é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê..." (Rm 1.16).
A santidade e a justiça de Deus exigem que os pecadores sejam eternamente separados dele.
Ser cortado completa e eternamente daquele Amor pelo qual se foi criado equivalerá a arder com uma sede que se tornará cada vez mais insuportável.
Mesmo assim, Deus, graciosa e gratuitamente oferece salvação dessa que é a mais terrível condenação.
"O evangelho da graça de Deus" declara que Deus se tornou homem através de um nascimento virginal;
que esse homem-Deus imaculado morreu pelos nossos pecados,
satisfazendo Sua própria justiça através do sofrimento do castigo eterno que nós merecemos;
que Ele ressuscitou ao terceiro dia; e que todos aqueles que crêem nEle são perdoados e recebem a vida eterna como um dom gratuito.
A salvação é tão simples – e maravilhosa –; ela deve ser pregada com essa simplicidade.
O Evangelho puro que convence os ouvintes
Não são as credenciais acadêmicas, a oratória brilhante ou a persuasão do pregador, porém o Evangelho puro que convence os ouvintes.
Não devemos atentar para sabedoria humana e zelo, a fim de embelezar, melhorar, ou de qualquer forma fazer o Evangelho mais atrativo para os perdidos.
O Evangelho, apresentado em sua imutável pureza,
é a mensagem que o Espírito Santo honra convencendo e dando convicção àqueles que O ouvem (Jo 16.8-11).
Essa verdade deve voltar a concentrar a atenção dos evangélicos!
Ao contrário da crença popular, perícia na pregação (a "homilética" ensinada no seminário) não tem capacidade de ajudar,
antes atrapalha a comunicação do Evangelho.
O domínio da oratória ou das técnicas de vendas mais recentes pode ser útil numa profissão secular, mas não "na loucura da pregação".
A não ser que tais metodologias e capacidades sejam colocadas de lado para proclamar a verdade de Deus, elas obscurecem o Evangelho.
Mesmo que o acima exposto possa parecer uma perspectiva extremista e anti-intelectual,
tal foi o ensinamento e a prática do apóstolo Paulo.
Rabino bem instruído, Paulo era, sem dúvida, um eloqüente orador que podia influenciar qualquer platéia.
Todavia, na pregação do Evangelho, ele deliberadamente deixava de lado a "ostentação de linguagem" (1 Co 2.1) e cuidadosamente evitava as "palavras ensinadas pela sabedoria humana" (v. 13). Sabendo que suas próprias idéias,
embelezamentos e habilidades persuasivas eram empecilhos ao invés de auxílios,
o grande apóstolo ficou diante de sua audiência "em fraqueza, temor e grande tremor" (v. 3). Devemos proceder da mesma forma.
Paulo declarou que a sabedoria de palavra anula a cruz de Cristo (comp. 1 Co 1.17). Portanto, ele determinou que sua pregação não consistiria em "linguagem persuasiva de sabedoria [humana],
mas em demonstração do Espírito e de poder" para que a fé de seus convertidos "não se apoiasse em sabedoria humana;
e, sim, no poder de Deus" (1 Co 2.4-5). Todavia, muitos cristãos bem-intencionados fazem exatamente o que Paulo evitava,
convencidos de que o Evangelho e o Espírito Santo necessitam da ajuda do conhecimento,
da persuasão psicológica e de uma embalagem promocional moderna. Conseqüentemente, a fé de muitos crentes hoje está firmada na sabedoria humana em vez de no poder de Deus – podendo assim,
da mesma forma, ser minada por argumentos humanos.

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