terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Boas festas

bgColor=#ffcc99>



Herdeiro de si mesmo

A chamada no jornal não era
grande, e constava no caderno que traz notícias do mundo.


"Conferência médica" era o título do recorte. Até aí nada de
incomum, mas a imagem era intrigante.

Havia um garoto de seis anos
de idade sobre uma cadeira, para ficar à altura das dezenas de repórteres
que o entrevistavam.

O recorte dizia: "aos 6 anos, o mexicano
Maximiliano Arellano de La Noe concede entrevista coletiva a jornalistas
depois de fazer conferência para estudantes de medicina sobre causas e
conseqüências da osteoporose.

Dono de uma rara memória, o garoto
se especializa em assuntos médicos há quatro anos, desde quando começou a
ler."

Mas a notícia não dizia tudo.

Não é só de
osteoporose que o garoto faz conferências. Ele também fala sobre diabetes
e anemia cardiovascular.

Faz conferências para alunos de medicina
em universidades do México e também da argentina.

Segundo as
notícias veiculadas pela internet, Maximiliano impressiona seus ouvintes
pela profundidade de seus conhecimentos, apesar da pouca idade.


Sem dúvida trata-se de mais um caso de genialidade que não
encontra explicação lógica, a menos que se lance mão da reencarnação.


Alguns dizem que Deus escolhe algumas pessoas e as presenteia com
alguns dons. Essa hipótese tira de Deus alguns de seus atributos: a
justiça e o amor.

Outros dizem que se trata de herança genética,
de alguma influência que a criança sofreu quando estava no ventre materno,
etc.

Essas hipóteses deixam sem explicação uma gama enorme de
questões, ou estabelecem argumentos ainda mais contraditórios.


Todavia, quando se cogita da hipótese de se tratar de um espírito
que trouxe, ao nascer, as experiências já adquiridas em outras
existências, tudo faz sentido.

Os conhecimentos não se perdem no
túmulo. O espírito é herdeiro de si mesmo.

Despe-se do corpo
físico, mas não sai da vida. Reveste outra forma física e não perde seus
conhecimentos.

Essa hipótese faz sentido, pois não tira de Deus os
atributos do amor e da justiça.

Corrobora o ensino de Jesus, que a
cada um será dado segundo suas obras.

Nenhum filho de Deus se
sente preterido. Pelo contrário, sua esperança se fortalece, pois sabe que
todos os seus esforços serão recompensados.

Com a certeza da vida
futura, e das inúmeras oportunidades de aprendizagem que lhe são
concedidas pela lei da reencarnação, a pessoa sabe que sua felicidade
depende de si, unicamente.

Como o pequeno Maximiliano que, aos 6
anos de idade fala, com conhecimento de causa, para universitários, sobre
problemas complexos, outros tantos gênios anônimos estão pelo mundo.


Não se trata apenas de uma questão de ter boa memória, mas de
conhecimentos adquiridos em existências passadas, que não se extinguem
jamais.

Mas, então, porque nem todos se lembram das experiências
vividas em outras existências?

Sem dúvida, nem todos nos lembramos
claramente de todos os conhecimentos adquiridos ao longo dos milênios, mas
temos o que realmente importa: a voz da consciência e as tendências
instintivas.

Entendemos que essas questões deixam outras tantas
perguntas sem respostas, mas existe uma teoria científico-filosófica que
pode esclarecer muitas delas, com lógica e bom senso.

Se você tem
interesse em saber mais sobre essa notável lei da reencarnação, leia O
Livro dos Espíritos, de Allan Kardec.

Esse livro contém a síntese
da Doutrina Espírita, e pode responder, de forma racional, a tantas
perguntas que pairam no ar, sem respostas.

Pense nisso, e dê essa
chance a você, que é, sem sombra de dúvida, um Espírito imortal, a caminho
da
perfeição.


 

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

A palavra que faltava

Havia uma mulher que amava as palavras.
Desde a meninice, elas exerciam sobre ela um grande fascínio.

Talvez por isso ela tenha aprendido a ler muito cedo.
Desejava decifrar aqueles sinais que preenchiam as páginas do jornal.

Gostava de apreciar a sonoridade das palavras.
Umas suaves, outras mais agressivas.
E de aprender o significado de cada uma delas.

Encantava-se em saber que as palavras têm o poder
de representar o pensamento humano e estabelecer a comunicação entre as pessoas.

Descobriu que existem palavras doces e perfumadas, como flor,
carinho, amizade, maçã. Outras, tristes e angustiantes como lágrima,
distância, saudade.
Algumas dolorosas como crime, fome, abandono, guerra.

Algumas alegres e descontraídas, como primavera, natureza, criança.

Verificou que existem palavras que soam como uma sentença de morte, como câncer.
Dá para imaginar o impacto que esse vocábulo é capaz
de causar nos ouvidos de quem a ouve?

Um dia, no entanto, ela ouviu dos lábios do médico que acabara
de examinar com muito cuidado uns raios-x, esta palavra e a achou muito feia.

Num momento, a paisagem se modificou, pareceu-lhe não haver mais luz,
embora ainda fosse dia.
O sangue lhe sumiu das faces, dando lugar a um suor gélido.

O coração tentou fugir a galope.
Ela se lembrou de que, tempos atrás, fora convocada para uma batalha pela vida. Agora, outra vez lhe competia empreender a luta pela vida.

Fruto da ignorância, o medo, sempre oportunista,
se instalou e a insegurança a dominou. O especialista foi lhe afirmando que havia muitas chances de melhora, graças às mais recentes conquistas da medicina.

Mas ela nem conseguia mais prestar atenção. A voz do médico parecia distante. O cérebro dela desenhava paisagens sombrias, comprometendo o equilíbrio.

De volta ao lar, um tanto mais calma, talvez inspirada por benfeitores invisíveis, ela se lembrou de orar. Preparou sua alma para entrar em contato com Jesus e lhe rogar as forças necessárias.

Enquanto orava, pareceu ver o azul do firmamento, num cair de tarde, começando a salpicar de estrelas. Dele se destacou uma luz radiante,
abrangendo todo o espaço ao seu redor.

Alguém, de olhar sereno e sorriso cativante lhe estendeu os braços.
Caminhou em sua direção e um delicado perfume a envolveu.

Ela se sentiu aconchegar de encontro ao peito daquela criatura tão serena,
como se fosse uma criança amedrontada.

Uma nova energia invadiu todo o seu ser e, então,
como um canto divino ela ouviu dentro d’alma a voz melodiosa do mensageiro:

Filha, por que choras? Entre todas as palavras que admiras,
esqueceste a mais importante, a mais poderosa.

Ela se atreveu a perguntar: e que palavra eu esqueci, Senhor?

Ele se afastou um pouco, tomou o rosto dela entre suas mãos
e olhando-a com doce ternura, respondeu: a palavra é fé!

Fé é a mola propulsora que permite superar óbices e vencer obstáculos.

Fé é força motriz da alma que, assim alimentada, vence os percalços e avança, vitoriosa.

Por esta razão é que o Mestre de Nazaré ensinou, um dia:
se tiverdes fé do tamanho de um grão de mostarda,
direis a esta montanha: move-te daqui para lá e ela se moverá.

E a montanha que todos precisamos mover para avançar na estrada da vida,
chama-se dificuldade.

Pense nisso.

chrysca msg ,gifs